sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Sobre o momento final: o parto


Desde o primeiro minuto quando soube que estava grávida o parto ja veio na minha cabeça... Sempre tive medo, sempre fiz a ligação de parto com dor, sofrimento. Nunca nem passou pela minha cabeça um parto normal. Desde pequena não suporto ver sangue, não tenho estômago para assistir cirurgias, nunca olhei a enfermeira me dando injeção ou tirando sangue.... Quase desmaiava toda vez. A imagem que assistia na tv das mulheres gritando, urrando de dor na hora do parto me amedrontava.
A possibilidade de um parto normal surgiu por conta do Scud. Ele é a favor. Resolvi pensar mais sobre o assunto pois, na minha opinião, o pai também tem que participar nessa decisão, afinal o Caetano é NOSSO filho. A partir daí, o universo está conspirando a favor: compro uma revista e está lá uma matéria de parto normal, faço aula de yoga e a professora me prepara para o parto normal, amigos incentivam para o parto normal, psicóloga é a favor do parto normal, e esse assunto está vindo cada vez mais à tona.
Estou lendo muito sobre e descobri coisas que nem imaginava existir. Existem até mulheres que sentem orgasmo na hora do parto (acreditem se quiser!). Sempre pensei que quando fosse ter filhos um dia, seria cesárea. Uma forma de “adiar” a dor para depois, depois que já estivesse tudo tranqüilo, o filho em meus braços. No entanto, agora que já pesquisei bastante ouvi várias experiências de mães estou com outro pensamento a respeito.
A Cesárea é algo maravilhoso, um avanço da medicina, para ser usado uma vez que coloca em risco a vida da mãe ou do filho. Ela evita a dor das contrações, a dor do nascimento, encurta o tempo de trabalho de parto. Salva mães com gravidez de risco, fazem nascer os bebês prematuros, que não estão na posição correta, é uma solução quando a mulher não tem dilatação... Porém é uma intervenção cirúrgica que não deixa de ser uma agressão à mãe e ao bebê! Retarda a recuperação da mulher, causando dor no melhor momento até então: o encontro com o bebê! As primeiras horas juntos, a primeira mamada, o primeiro banho... Outra coisa que não gosto é que o bebê não nasce no momento dele. A hora que o médico marcou não é a hora que ele está pronto e quer vir ao mundo. Isso pode até mudar o signo do Bebê!
Assisti a alguns vídeos de cesárea na net e é incrível como o bebê sai quando o tiram da barriga. Ele não se toca que nasceu, ele permanece encolhido, na mesma posição que estava na barriga. Ai o coitado tem que levar um tapa no bumbum pra acordar, abrir os olhos, respirar.
Sobre o parto normal, fiquei confusa pois hoje se dividiu em vários tipos de parto. Tem o parto normal com anestesia (ora, já não é normal), tem o parto com episiotomia, tem o parto domiciliar, parto de boulier, parto na água, parto natural.... Nossa já nem sei mais o que é parto normal.

O Certo é que o parto normal seja natural, sem nenhuma intervenção cirúrgica: sem anestesias, sem cortes no períneo, sem o tal sorinho que apressa as contrações, sem analgésicos para dor... Como nossos antepassados faziam, um momento só da mãe e do bebê.

A maioria das histórias que ouvi sobre parto normal são ruins. Uma mulher que quase morreu, outra que tomou 35 pontos ao redor da vagina, o bebê que teve sua cabeça dilacerada pelo fórceps, a que ficou 30 horas em trabalho de parto sofrendo a terrível dor... Isso quando não vem aquelas histórias que caiu a bexiga, que a vagina ficou larga, etc etc etc. Percebi que não era só eu que tinha medo de parto normal, mas sim a maioria das mulheres!

Tudo isso por conta da lenda da dor , a tal dor do parto que é a pior dor, a dor que faz as mulheres gritarem, desmaiarem, perderem as forças. Essa tal dor já está tão enraizada no conceito da humanidade que não deixa que as mulheres tenham um parto com o mínimo de dor possível.

Assisti também vídeos sobre partos normais e me surpreendi quando vi que não é tão feio quanto imaginava, aliás, é bem melhor que uma cesárea. Não tem aquele tanto de gente em cima de vc, aquelas luzes da sala de cirurgia, aquele monte de corte na sua barriga... É simplesmente lindo, natural, mágico! Como uma vagina pode ficar tão grande a ponto de sair um bebê daquele tamanho! É incrível!

Acredito que toda a gestação implica em como vai ser o parto, para a mãe e para o bebê. Se a gestante tem uma gravidez complicada, está passando por diversos problemas, se ela sofre muito durante a gravidez, se ela não aceita a gravidez, se ela usa drogas durante a gravidez... isso tudo vai interferir no bebê e como será o momento de nascimento dele!

Se existe uma harmonia entre a mãe e o bebê, com certeza ele não vai se enrolar no cordão umbilical, não vai ficar sentado na hora de nascer. Nós mães, determinamos como será o nosso parto. Se vamos sentir muita ou pouca dor, se vai ser tranqüilo ou complicado, se vai ser rápido ou demorado. Temos o controle sobre nosso corpo, sobre cada uma das nossas células, mas não damos conta disso...

Eu sei bem que falar é fácil, mas na prática não é bem assim. E por mais que a dor seja mínima, ela existe. O que tenho que fazer é mudar como vejo ela. Ela faz parte do momento, faz parte do processo, e é suportável se não, não seria assim.

Porém, todavia e contudo, ainda tenho tempo para me preparar e ter certeza do que quero. Se tudo tiver bem com o Caetano, ele não estiver com 5kg hehehe vou tentar parto normal sim. Caso contrário apelo pra cesárea e pronto!

Informações interessantes para as gestantes de plantão, sobre Parto Humanizado :

INTERVENÇÃO PORQUE AINDA É FEITA PORQUE DEVERIA SER ABOLIDA
A proibição da presença de um(a) acompanhante, que já é garantida por lei estadual em muitos Estados... Alega-se que o acompanhante atrapalha ou que não há espaço para eles. O(a) acompanhante dá mais tranqüilidade à parturiente e inibe abusos da equipe hospitalar.
Lavagem intestinal... Diz-se que faz acelerar o trabalho de parto e que as fezes poderiam contaminar o bebê. É incômodo para a maioria das mulheres e estudos comprovam que seu uso não traz as vantagens alegadas.
Raspagem dos pêlos pubianos... É feita porque acredita-se que o parto fica mais "higiênico". Pode haver inflamação local e o crescimento dos pêlos é incômodo. Seu uso é comprovadamente desnecessário.
Uso de violência verbal e psicológica, frases do tipo "não grita, ou eu não vou te ajudar", "na hora de fazer você não gritou", etc.. Acredita-se que palavras de ordem e broncas possam acalmar mulheres assustadas e nervosas e assim organizar o serviço médico. O que faz uma mulher gritar e perder o controle no trabalho de parto, geralmente pode ser resolvido com carinho, um afago e um pouco de atenção.
Uso rotineiro de soro com hormônio ocitocina... Porque provoca mais contrações e assim faz com que o parto seja mais rápido e o leito seja liberado. As dores do parto com ocitocina ficam insuportáveis e podem provocar sofrimento fetal.
Jejum durante o trabalho de parto... Diz-se que no caso de uma cesárea, pode haver problemas de aspiração do alimento. O jejum provoca fraqueza, o que pode causar sérios problemas no parto. O evento de aspiração é tão raro, que não pode ser usado como justificativa.
Restrição da movimentação, fazendo com que a mulher fique deitada durante todo o trabalho de parto...
Alega-se que não há espaço nos centros obstétricos para as mulheres caminharem e mudarem de posição. Diz-se que é mais "seguro". Estudos provaram há muito tempo que a mulher deve ter liberdade de posição e movimentação durante todo o trabalho de parto e parto.
Parto em posição ginecológica, com a mulher deitada de costas com as pernas para o alto... Facilita a ação e intervenção do médico. Faz o parto ser mais lento, diminui a oxigenação do bebê, é desconfortável para a mulher.
Uso rotineiro de episiotomia (corte para aumentar a abertura da vagina) em 70-80% dos partos normais, quando o recomendado é 15-20%... Alega-se que a episiotomia é necessária. Na verdade há uma grande desinformação dos médicos e serviços médicos sobre a necessidade desse procedimento. Aumenta a chance de sangramentos, inflamações e infecções. Pode causar problemas na relação sexual. Pode provocar incontinência urinária.
Separação do bebê logo após o parto, sem que ele e a mãe possam se tocar, se olhar e ter a primeira chance de amamentação...
É feito para que o bebê seja examinado e lavado. O pós-parto é o momento mais importante para a mãe e o bebê estabelecerem o vínculo. A amamentação precoce faz a saída da placenta ser mais rápida, com menos sangramento.

site  www.amigasdoparto.com.br

Um comentário:

  1. ow camilão...q jóia q ta teu brógui!!! Aew....vai no parto normal!! nóis ajuda mandando as boas vibrações!!! Vai sair lisinho qui nem sabonete molhado...hauehuiahiuehuiaehiu...c só vai escutar o "flop" e pronto...ta la o muleke feliz da vida e vc sem corte!!

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